sexta-feira, 18 de julho de 2014

Interativo - Angel - Capítulo Único

Notas Iniciais: Bem meninas, eu sei que demorei, pois esse interativo era pra ser postado no mês de Abril, e aqui estou em julho, me perdoem por isso :(, eu sei que demoro muito, bem, esse interativo é um tanto lado pessoal, me inspirei em... Várias coisas que eu vejo em filmes, livros, ou qualquer outra coisa, bem, vamos lá não? Espero que gostem, saiu do meu coração! *-*

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A fina garoa caia sobre a grama verdinha do jardim dos fundos, eu estava encostada na madeira tingida de branco, observando e sentindo as finas lágrimas escorrerem pelo meu rosto. Sinto meu coração bater em ritmo fraco, é a pior sensação que eu já senti na minha vida, não poder abraçar aquele que quer, ou dizer um simples “eu te amo”.

Sei que foi um grande erro tê-lo deixando entrar naquele carro no meio da noite, mas ele morreu me amando, e isso minimiza parte da dor que eu sinto por dentro... Mas não toda ela, o resto é domado pelo desespero de procurá-lo na cama e só encontrar lençóis vazios e gelados, ali apresentando apenas o seu cheiro.

Nas noites frias ele costumava me abraçar forte, dizer que me amava e que um dia iria casar comigo, mas seus planos nunca deram certos e por fim aqui estou eu, sendo escrava da minha própria dor, sendo escrava de algo que não existe mais, e algo que agora voltou a ser apenas pó.

Ele se tornou uma parte de mim, e infelizmente eu tive que deixá-la ir, mas ele voltará, para me levar com ele, para um lugar onde nada de ruim aconteça, onde tudo seria perfeito, onde tudo daria certo, coisas que não acontecem aqui, bem ao contrário, tudo o que é bom passa, e passa muito rápido.

Quando termino esse discurso mental percebo que as lágrimas eram demais para meus olhos, mas eu não tinha capacidade nenhuma de fazê-las parar, por que era uma forma de jogar tudo pra fora, mas em questão de segundos tudo voltava, e eu me sentia cada vez pior.

A frase “ele havia ido” não saia da minha cabeça por momento algum, eu sentia que haviam retirado uma parte de mim, e por isso, agora eu me tornará fraca, fraca ao ponto de não conseguir mais chorar, mas elas viam sem fazer esforço mental ou físico.

Tudo em volta de mim parecia congelado, e o único ser em movimento era eu, porém quando eu caio de joelhos sobre a grama molhada, sinto que até eu mesma paro, e apenas os meus olhos se movem, meus ouvidos param de escutar, e partir dali, eu ó escutava as batidas fracas do meu coração.

Fecho os olhos na tentativa de esquecer-se de tudo, na esperança de ter uma amnésia instantânea, mas não, meus olhos se abrem automaticamente, e então uma luz branca os atinge, pisco várias vezes e tento me levantar, sinto algo puxar as minhas mãos, estremeço sentindo o toque macio das mãos do ser que segura às mesmas.

- Abra seus olhos. – A pessoa diz, e lentamente eu abro meus olhos, me forme que percebo que quem me segurava era ele, e enquanto eu arfei, pude ver nos seus olhos, que ele voltaria.

***

Acabo acordando com o barulho alto do som do vizinho, no qual percebo que estava deitada na minha cama, porém a única coisa que me lembrava era que eu estava deitada na grama molhada, eu coço meus olhos enquanto eu olhava a janela, toda borrada pela força das gotas da chuva, o seu chorava, e meu coração também...

Levanto-me, olho em volta, o quarto parecia ser o mesmo, porém, algo parecia fora do lugar; caminho até o banheiro, fecho a porta enquanto olhava meu reflexo no espelho, eu suspiro fechando meus olhos, e quando os abro, tenho certeza que havia visto seus olhos, seus lindos olhos verdes, que por outras vezes pareciam azuis, azuis como água cristalina.

- Definitivamente – Digo sozinha. –, Estou ficando maluca. – Naquele momento eu não conseguia mais chorar, tanto é que pensei que as lágrimas haviam ido embora ou simplesmente se secaram, porém naquela noite mais tarde, elas voltaram, me fazendo me sentir cada vez mais inútil ou talvez fracassada.

Quando a chuva parecia ter dado uma trégua eu estava sentada no para-peito eu olhava pra baixo enquanto sentia as lágrimas invadirem meus olhos novamente, eu ainda não havia entendido dele ter ido embora completamente da minha vida, é tão ruim perder quem você ama.

Fungo enquanto a chuva começava a se tornar cada vez mais forte, eu pulo do para-peito até tocar o chão novamente, eu caminho até minha cama, sento-me e agarro meus joelhos, meus olhos ardiam de tanto chorar, eu não sei qual o motivo que nós humanos choramos, afinal, se até hoje não encontramos um real conceito para dor, por que chorar então?

Uma maneira de tentar se livrar da dor, porém ela avança cada vez mais e acaba te dominando por completo.

Escuto um barulho vindo de baixo, me tirando o transe, enquanto secava as lágrimas abria a porta, desço as escadas rapidamente e abro a porta da cozinha, meus olhos ardem, não poderia ser real, aquilo não era real...

As batidas do meu coração se descompassam enquanto eu não tinha nenhuma reação, eu pisco fortemente meus olhos, minha visão era embaçada, talvez fosse isso, mas eu conseguia enxergá-lo nitidamente, eu gaguejo algumas palavras enquanto ele se aproximava eu caio agarrada aos meus joelhos enquanto eu sentia tocar meus ombros, apesar de querer muito tê-lo de volta, era uma coisa impossível de se acontecer.
Eu respiro fundo enquanto tentava abrir meus olhos, ele estava luminoso, e enquanto ele tocava meu outro ombro eu criei coragem em dizer o seu nome.

- Louis? – Eu pergunto e escuto um trovão alto vindo de fora, eu tremo.

- Abra... – Ele diz. – Abra seus olhos Alysson, e antes de nada, nada é impossível. – Eu respiro fundo, tentando criar forças e então eu consigo, consigo abrir meus olhos.

- Alysson! Acorda! – Uma voz ecoa sobre meus ouvidos, abro meus olhos instantaneamente, salto da cama, eu tomei um susto vindo da minha mãe.

- Mãe! – Exclamo aquele não o melhor meio de se acordar alguém.

- Me desculpe Alysson, você estava novamente falando sozinha, e eu não consegui te acordar, então eu gritei.

- Ótimo, mãe, ótimo. – Respondi rispidamente, enquanto caia sobre as nuvens mais conhecidos com coxões de água.

- Eu só vim pra saber como você estava Aly... – Ela diz.

- Mãe, fica calma, ta tudo bem... – Respondo me enfiando debaixo das cobertas, ainda quentes pelo calor do meu corpo.

- Eu vou fazer seu café da manhã. – Ela comentou, tentando fugir do assunto, por que ela deve saber que eu ainda não estou bem fisicamente e muito menos mentalmente para falar sobre ele, e sobre aquele funeral que arrancou lágrimas do profundo dos meus olhos.

- Mãe, isso não é necessário, eu sei me virar sozinha. – Digo enquanto sentava-me na cama, em constante movimento.

- Eu sei que sabe... Mas eu quero. – Ela diz convectiva, evapora do quarto tão rápido quanto entrou.
Por alguns minutos o quarto continua silencioso, dês da ultima palavra dita, o único som que apresentava era da minha respiração, no qual era fraca, eu fecho meus olhos, sentindo-os arder, acabo me lembrando daquele sonho, ou talvez pesadelo, eu não sei o que isso queria dizer, mas... Mas... Por quê?

Segundos depois que tenho esse pensamente insano, eu caminho até o banheiro gradativamente, faço a minha higiene enquanto aquelas palavras não saiam da minha cabeça, era a pior forma de eu lembrar ele, por que... Por mais que seja um sonho, parecia ser real.

Um moletom cobria a minha pele do frio que se alojava no andar de baixo. Caminho até a cozinha, minha mãe lá estava, a beira do fogão, sento-me lentamente a mesa, ainda pensando, porém quando ouço minha mãe me chamar, saiu do tranze, vendo panquecas na minha frente, por mais eu amasse panquecas, aquela não era uma boa hora para elas.

***

Mais tarde naquela manhã, depois que minha mãe foi resolver algumas coisas enquanto eu apenas assistia algo na televisão, a campainha toca, eu não tinha o mínimo desejo de levantar-me e me direcionar a porta, porém, após reconhecer aquela voz, meu corpo pula “animadamente” enquanto eu corria para abrir a porta.

- Niall! – Exclamo já sentindo o envolvimento de seus braços em torno da minha cintura.

- Olá menina sonhadora. – Era assim que ele me chamava, apesar de deixá-lo me chamar assim, eu não entendia a causa.

- Que bom que veio. – Digo enquanto nos soltamos.

- Eu não estou lidando bem com isso, imagino que você também não. – Ele fecha a porta, fazendo o mínimo de barulho possível.

- É você está correto, não tem sido possível controlar minhas lágrimas. – As palavras saem da minha boca enquanto caminho até o sofá e sento-me sobre o mesmo.

- Eu sinto muito Alysson, a culpa não é de ninguém, muito menos sua... – Ele me abraça pela cintura.

- Niall, a culpa é minha, e não há nada que eu possa fazer para mudar o meu passado, muito presente. – Sinto pena de mim mesma, lamentando-me por dentro a cada palavra que saiu da minha boca.

- Não repita isso novamente –, Niall disse. – A culpa não é sua, ela não pertence a ninguém. – Ele finaliza.

- Pena que eu penso muito diferente... Niall, se não importa eu não prefiro comentar a respeito disso. – Escuto minha própria voz se tornar embargada, não é fácil, para ninguém sentir o que eu sinto.

Niall assentiu, enquanto carrega seus pulmões de ar para falar novamente.

- Sabe por que eu a chamo de garota sonhadora? – Ele pergunta, meu rosto é carregado por curiosidade, sempre quis saber, mas nunca consegui perguntar.

- Por quê? – Pergunto erguendo meus olhos aos seus, casualmente parecidos com os de Louis.

- Por que eu sempre acreditei que você pudesse transformar a dor em esperança... Todas as vezes que eu subia para meu quarto, angustiado com qualquer coisa repentina do dia-a-dia, e eu via você do outro lado da janela, escutando os gritos vindos do andar de baixo, toda encolhida atrás da porta, chorando cada vez mais, eu via uma garota triste, porém eu sabia que sua felicidade estava escondida em algum lugar aqui. – Niall aponta a meu peito, onde nossos corações batem. – E quando você me viu escondido na janela te observando chorar, invés de se esconder de mim, você não o fez, você abriu um grande sorriso, a ver que a partir dali nós nunca nos separaríamos um do outro... E eu sempre acreditei que você pudesse transformar a dor em esperança. – Ele repete a frase, eu sinto meu rosto completamente encharcado, quando Niall me viu pela primeira vez chorando eu não era bem uma filha pra lá de especial ou perfeita, eu apenas fazia as coisas do meu jeito, ignorando qualquer outra solução vinda de outra pessoa que não fosse eu própria. Naquele mesmo ano, meus pais assinaram alguns papéis relacionados ao divorcio, e até hoje, eu me sinto culpada pelo mau desempenho na relação deles. – E... Quando eu a vejo assim, eu sinto necessidade de fazê-la sorrir... Nem fosse um sorriso fraco ou talvez forçado, por que Alysson... Nem tudo como a gente quer, e sim como precisamos.

Aquelas palavras perfuraram o meu coração, com se fosse uma espada... Então, eu precisava perder quem eu realmente amava para que eu percebesse o quanto eu estava errada e precisava transformar meus erros em coisas certas, era isso o que sempre faltou a mim, tomar a atitude certa.

***

- Obrigada Niall, obrigada por tudo... – Digo enquanto o apertava cada vez mais.

- Foi uma honra garota sonhadora, e, nunca se esqueça que eu sempre, sempre, sempre e sempre, vou estar aqui, mentalmente ou fisicamente, para ajudar no que der e vier.

- Eu sei que sempre estará – Sorrio fracamente, - Meu anjo da guarda. – Digo enquanto ele depositava um beijo na minha testa.

- Adeus Alysson, se cuide... Enquanto eu estiver fora. – Aquelas palavras entram pelos meus ouvidos, mas elas não são compreendidas de forma qualquer, fora? Ele não me disse que iria embora.

- Fora? – Pergunto confusa, enquanto caminhava pela varanda, vendo-o se afastar.

- Sim, fora... – Ele diz. – Mas eu estarei com você. – Ele diz, sorrindo, eu sorrio de volta. – Sempre sorria Alysson, assim eu nunca te deixaria sozinha.

Sem perceber, um sorriso se abre, Niall desaparece dentro de seu carro, enquanto eu voltava a casa, vendo como tudo era vazio o silencioso.

As suas palavras realmente me tocaram, e nem que seja a única coisa que eu faça, eu preciso consertar as coisas.

Subo as escadas desesperadamente, visto alguma roupa um tanto decente, para que eu pudesse sair, coloco uma calça jeans desbotada, uma sapatilha, uma camiseta escura e um cardigan por cima, pego meu celular, deposito o mesmo dentro do meu bolso, empurro a porta do quarto, enquanto descia as escadas, piso as sapatilhas ao chão do andar de baixo, observando algo brilhar sobre a mesinha de centro, eu me aproximo, pisco algumas vezes, era uma corrente, com um bilhete escrito, tateio o bilhete enquanto me pus a lê-lo.

“Fique com isso, é como mérito por ter me ajudado a ser melhor, você sabe do que eu estou dizendo Alysson, agora você deve saber quem eu sou...”
“Niall Horan, mais chamado de seu Anjo da Guarda...”

A estrutura da corrente tinha certos pontos que brilhavam mais que outros, e o pingente que se pendurava era uma estrela, uma estrela de tamanha média, ela parecia ter uma abertura, com umas das mãos segurava o pingente, e a outra, fazia-o abrir, facilmente ele abre.

Dentro da estrela era possível colocar duas fotos, olhos ao meu colo, onde uma corrente de coração se encontrava caída entre meus seios, eu abro o coração tirando de dentro duas fotos, uma delas era meus pais, muito antes do divórcio, e a outra era uma foto de Louis, Niall e eu, na festa de natal do ano retrasado.
Eu suspiro profundamente enquanto me direcionava até a porta, tendo em mente tudo o que eu tinha que fazer e dizer, todas aquelas coisas ruins agora iram ser consertadas, tudo que um dia foi errado e angustia dor, hoje se tornará bom, e tecnicamente correto.

***

- Mamãe? – pergunto enquanto adentrava seu apartamento, usando a chave reserva que ela sempre deixava debaixo do carpete, o apartamento estava silencioso, a maioria das luzes estavam apagadas, e a luz fraca da varanda estava acessa, antes mesmo de estar lá, eu tinha certeza de que ela estava lá, pois, a maioria das vezes que eu vinha aqui, ela se encontrava, tragando alguns cigarros na varanda, minha mãe não é fumante, mas ela costumava fumar quando mais nova, e às vezes quando seu estava emocional não se encontra estável, ela gosta de tragar alguns, mas eu ainda não entendi o porquê, fumar não é uma das melhores coisas para se fazer não se encontra muito bem...

E o que eu posso dizer sobre ela? Esses dias as únicas coisas que tenho feito foram:

*Chorar.

*Dormir.

*Chorar novamente.

*Lamentar-me de qualquer coisa ruim, além de sua morte.

- Mamãe? – Pergunto novamente enquanto encostava minhas mãos no para-peito da varanda.

- Alysson? – Ela pergunta. – O que veio fazer aqui? – Ela pergunta, tentando esconder o cigarro entrelaçado em seus dedos, porém, a fumaça continuara a sair.

- Mãe, não precisa esconder. – Digo olhando-a nos olhos.

- Me desculpe, eu não consegui evitar. – Ela se desculpa, jogando o cigarro fora.

- Tudo bem – Digo acariciando minha mão esquerda sobre seu braço. –, Mãe, eu preciso conversar com você, é uma coisa importante.

- Sobre o que? – Ela pergunta.

- É sobre tudo... – Abaixo minha cabeça.

- Tudo o que? Alysson, aonde quer chegar?

- Mamãe, fica calma?

- Tudo bem. – Sua visão se volta ao horizonte.

- Então, hoje Niall veio lá em casa depois que você saiu. E nós conversamos sobre algumas coisas.

- Sim, vá direto ao ponto, querida. – Ela responde já me observando novamente.

- Então mamãe, se lembra de quando você e o papai se... Separam? – Pergunto.

- Como não esquecer... Mas por que você pergunta isso?

- Enfim mamãe, eu sei que tudo o que aconteceu com vocês foi culpa minha, eu era ignorante, eu não ligava para o que diziam a mim, e aqui estou eu, deprimida e acabada, por que meu noivo morreu! Mamãe, eu nunca irei esquecer-me do dia em que eu mandei vocês dois calarem a boca, pois eu não agüentava mais ouvir as suas vozes, ou então, quando você ficou grávida do Gregory, e eu disse que... Disse que... – Um nó se forma na minha garganta, eu não conseguia mais pronunciar uma palavra sequer, apenas deixei as lágrimas formadas anteriormente, no qual eu não as deixei cair, agora elas deixam meu rosto cada vez mais molhado com lágrimas de remorso. Mamãe me abraça enquanto me apertava fortemente. – E eu disse que “Pra que mais um filho sendo que não dão atenção a um que vocês já têm”. Mamãe, eu sinto muito, eu nunca quis que vocês dois separassem, pelo contrário, eu só queria ser normal, eu queria uma família normal, e eu só consegui descobrir a quanto errada eu fui quando Deus tirou Louis de mim... – Finalizo meu discurso, intercalando soluços e fungos.

- Alysson, acalme-se – Ela diz. –, Nada disso foi culpa sua meu amor...

- É claro que foi! Se eu não fizesse isso, vocês ainda estariam juntos e... Você poderia ter cuidado dele antes que...

- Alysson, seu pai e eu nos separamos por que... Ele... Ele havia me traído com Jade. Nunca foi culpa sua, e nunca será, acreditávamos que era só uma fase, e você ficaria melhor...

- Me desculpe mamãe, me desculpe... – Nos soltamos, enquanto eu enxugava minhas lágrimas.
- Está tudo bem – Ela diz. –, Quer ficar para o jantar? – Ela pergunta enquanto eu fungava.

- Não mamãe, eu ainda tenho duas coisas a fazer. – Recuso o seu convite enquanto me direcionava até a porta.

- O que mais tem que fazer?

- Eu te explico mais tarde, agora eu preciso ir.

Ela assentiu silenciosamente.

- Eu te amo ok – Digo. –, Amo muito.

- Eu também...

Em poucos segundos eu já adentrei ao carro, me direcionando lugar onde ele estava, ou melhor, dizendo onde os dois estavam.

***

O carro estava estacionado na Rua 45, esquina com a Avenida, pouco movimentada, eu ainda não entendi por que a chamam de avenida se poucos carros passam por ela, talvez, este lugar não trouxesse lembranças muito boas.

Caminho lentamente em direção a entrada, sentindo calafrios, só lembrar a última vez que pisei neste local.

O céu estava escuro, rodeado de nuvens de chuva, eu deveria apresar-me, pois se demorasse, chegaria a casa, ensopada. O portão estava entreaberto, eu empurro o mesmo, enquanto o mesmo rangia, dou alguns passos, caminhando entre as lápides, procurando pela do meu pai, no qual eu não me lembrava muito bem onde se encontrava. A única coisa que eu me lembrava era que ficava no final do último corredor, então eu caminho até lá sem demora.

Vários nomes iam passando, Jonathan, John, Lisa, Elizabeth, Isabel... Paul... E por fim Carter.

Fico admirando sua lapide enquanto pensando em algo que eu posso lhe dizer.

- Papai? – Pergunto me aproximando, ajoelhando sobre a grama. – Você está ai? Bom, por mais que não esteja escutando o que eu quero te dizer eu... Eu sei que demorei muito a vir aqui, eu sei que pode ser tarde demais, mas... Eu quero consertar as coisas, e o único meio é dizendo perdão, perdão pelas minhas faltas, perdão por não te ouvir... – Alguns minutos de silêncio deixam o meu cérebro pensar, e então eu prossigo depois de alguns segundos. – Pai, eu te amo... E é uma pena que...  – Alguém me interrompe.
Eu me viro no mesmo momento, meu rosto tem uma feição que no qual não tenho certeza se era normal, eu estava apavorada, Louis estava morto, e eu ainda não entendi o porquê disso acontecer.

- Pena que percebeu isso só agora, Alysson.

- Louis?! – Eu pergunto, querendo saber como, e por que ele estava ali, não era real, deveria ser mais uns dos meus pesadelos, porém quando ele disse que aquilo era real, eu caio por mim mesma, Niall é meu anjo guardião, Louis se transformou em um, e o mínimo que eu posso fazer, é acreditar, acreditar que tudo o que estou vendo é a mais pura realidade.

- Alysson, eu sei que pra você isso pode ser impossível, mais é se você crer. Eu te amo Alysson, e quero que siga sua vida, e como se eu fosse apenas uma lembrança.

- Você não pode ser lembrado como uma lembrança! Louis você era meu noivo, como posso te esquecer assim! – Quando me dou conta, eu deveria mesmo ter enlouquecido, a sua imagem na minha cabeça era tão perfeita que eu não consegui vê-lo partir, e foi então que eu percebi que era apenas um simples pesadelo.

- Alysson, o que é isso? – Ele pergunta.

- Estou tentando acordar do meu pesadelo.

- Acha que sou um pesadelo?

- Você está morto! – Sinto que ele toca em meus braços. – Não me toca.

- Alysson, viu o que acaba de fazer? – Ele torna o ruma da conversa muito distante do que era antes.

- O que?

- Estava pedindo perdão a seu pai.

- E o que isso tem a ver com você estar aqui?

- Tudo Alysson, eu só quero te mostrar que não é preciso perder alguém para que possa entender o 
verdadeiro sentido de amar.

Eu fico sem palavras.

- Pode acordar de seu pesadelo Alysson, porém, torne as coisas diferentes. – Eu sinto algo me puxando, porém que não queria ir embora dali era Louis e por mais que ele estivesse morto eu queria tê-lo por perto, do meu lado, e dizendo o quanto me ama.

O sol bate conta meus olhos, estava de manhã, e eu acabo me lembrando automaticamente de que eu havia sonhado, reparo bem, eram seus olhos que estava sobre os meus, era Louis, no momento eu tive nenhuma reação, apenas ficar observando seus olhos.

- Pessoas como você merecem uma nova chance, Alysson.

- O que?

- Você conseguiu reverter tudo, agora você esta comigo, e não a nada que nos separe... Eu te amo, garota sonhadora.

- Eu... Eu... Te amo também, eu te amo muito... – Digo.

E foi assim que eu percebi que eu anjo havia me tocado, e por causa dele, tudo agora é perfeito, lindo e maravilhoso, por que eu consegui me perdoar, e agora eu percebi que consigo transformar a dor em esperança...



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Enfim, é isso bebes! Espero que gostem, foi feito de coração *--*

Comentem o que acharam! Beijinhos da Mandi :)

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